Saúde auditiva – Mitos & Verdades
- Perda auditiva não tem solução.
MITO. Na maioria dos casos, a perda auditiva pode ser tratada com o uso de aparelhos auditivos. Cada vez mais modernos e confortáveis, estes dispositivos amplificam os sons, ajudando as pessoas a reabilitarem sua audição.
- A surdez afeta basicamente pessoas idosas.
MITO. Com envelhecimento natural, ocorre diminuição o declínio fisiológico das células auditivas. Normalmente por volta dos 60 anos, a pessoa começa a ter dificuldades de audição e compreensão da fala, por isso é comum queixas de “ouço, mas não entendo”. Se não diagnosticada e tratada corretamente, a presbiacusia – nome da perda causada pelo envelhecimento natural – pode trazer muito prejuízos para os idosos, como isolamento pela incapacidade de comunicação e até depressão.
- Não é preciso usar cotonetes para limpar o ouvido.
VERDADE. É que o ouvido tem mecanismos próprios que empurram o excesso de cera para fora. Basta tirar esse excedente na parte externa com um tecido macio, como a ponta de uma toalha. O uso de cotonetes dentro do canal auditivo pode empurrar a cera na direção da membrana timpânica, causando surdez ou até mesmo lesões no tímpano. Por isso, evite tanto a introdução de cotonetes quanto de outros objetos como grampos, tampas de caneta ou palitos.
- Ouvir música alta nos fones de ouvido pode causar surdez.
VERDADE. A perda auditiva acontece porque o som alto causa danos nas células sensoriais auditivas e elas não voltam a se regenerar. O limite máximo de exposição a sons recomendado é de 85 decibéis, com um tempo de exposição que não ultrapasse as 8 horas. Confira alguns cuidados para usar os fones de ouvido com segurança.
- Barulhos como o do secador de cabelo não fazem mal para a audição.
MITO. A exposição prolongada a ruídos acima de 85 decibéis pode causar danos à saúde auditiva. O uso de protetores auriculares seria um ponto importante para evitar problemas auditivos futuros. Assim como a realização de exames auditivos frequentes para monitorar a audição.
- Alguns remédios podem prejudicar a audição.
VERDADE. Existem cerca de 200 medicamentos ototóxicos (antibióticos como a estreptomicina usada no tratamento da tuberculose, diuréticos e até algumas substâncias à base de ácido acetilsalicílico) que podem causar danos ao sistema coclear e vestibular – estruturas importantíssimas para a audição. Como muitas vezes é difícil para o paciente conhecer essa lista, vale perguntar para o médico sobre os riscos do medicamento e fazer exames frequentes de audição para monitorar possíveis perdas auditivas caso tenha a necessidade de fazer uso de remédio ototóxico.
- Fumar pode causar zumbido.
VERDADE. Vários estudos realmente apontam a relação do tabagismo com perdas auditivas e, consequentemente, com o desenvolvimento de zumbido. Um estudo da Universidade de Manchester, no Reino Unido, por exemplo, apontou que fumantes têm 15% a mais de chances de sofrer de perda auditiva. Para chegar a essa conclusão, o levantamento considerou os dados de mais de 50 mil voluntários, que foram observados desde o ano de 2007.
- Escalar montanhas pode causar surdez.
MITO. A mudança de altitude pode causar alguns incômodos como aquela pressão que sentimos no ouvido ao descer uma serra ou na decolagem do avião. Normalmente este é um incômodo passageiro porque a pressão interna do ouvido se equilibra com a pressão ambiente. Mas, em alguns casos – quando há uma mudança brusca, por exemplo –pode ocorrer o chamado “barotrauma”. Ele é caracterizado por dor de ouvido severa, que pode ser tão forte que chega a ser incapacitante, perda grave da audição, zumbido muito intenso, vertigens e rupturas do tímpano. Para evitar o problema a solução é simples: evitar mudanças bruscas de altitude.
- Infecção de ouvido pode causar perda auditiva.
VERDADE. As otites, popularmente conhecidas como infecções de ouvido, podem sim causar perda auditiva caso aconteçam de maneira repetitiva. É preciso ficar atento principalmente às crianças – elas, por uma questão fisiológica (é que nelas o canal que liga a tuba auditiva ao nariz é curto e horizontal nas crianças – que sofrem frequentemente com elas. Para evitá-las, o ideal é manter os ouvidos sem acúmulo de líquidos, tratar gripes e problemas respiratórios que também pode causar problemas auditivos.